Cidade Branca
Mistério e lenda nas selvas Hondurenhas

Texto de Dalton Delfini Maziero

Cidade Branca é como o El Dorado: um mito que atravessa séculos. Poucos anos após a conquista dos astecas, no México, grupos de espanhóis já buscavam por esta lendária cidade indígena que, como todas, estaria localizada em local inacessível e repleta de tesouros perdidos. Cidade Branca é, ainda hoje, um enigma. Representa para o homem ocidental, a conquista de fama e fortuna. Será Cidade Branca apenas um mito, ou como Machu Pichu, revelará sua face e segredos algum dia?




A lenda da Cidade Branca é muito antiga. Anteriormente à chegada dos conquistadores espanhóis, já existiam rumores de um passado indígena glorioso, situado em uma velha cidade de colunas e areias brancas. Na região hondurenha de Mosquitia (Costa de Miskitos, região litorânea da Nicarágua e sul de Honduras), o grupo nativo Pech (ou Pesh) relatava sobre uma cidade construída por Deuses. Explicam esses nativos que, num passado muito longínquo, foram viver os índios na mencionada cidade. Um deles, de origem Tawaka, expulso pelos demais, lançou uma série de maldições que causou tamanha catástrofe sobre a cidade, que todos a abandonaram, indo viver mais próximos ao litoral, num lugar chamado Sakorska Uya, ou A Grande Pedra Escrita. Desde então, muitos pesquisadores procuram confirmar a lenda, a cada nova descoberta de petroglifos na região.

Não são muitas as referência históricas sobre a existência desta suposta cidade perdida:

O primeiro a recolher a informação sobre Cidade Branca foi Hernan Cortez que, em 1526, após a conquista dos astecas, rumou a Trujillo, uma cidade colonial situada no litoral hondurenho. Cortez procurava por indícios sobre a lenda de Cidade Branca.

Em 1544, o bispo hondurenho Cristóbal Pedraza escreveu ao Rei da Espanha, sobre sua viagem nas florestas de Mosquitia. Disse o bispo que, do alto de uma montanha, pode-se observar um pequeno planalto, onde se localizava uma cidade indígena desconhecida dos espanhóis. Ele alegou estar nas proximidades dos rios Sico e Negro. Seus guias afirmavam que aquela região era rica em ouro e prata, reforçando a idéia de tesouros perdidos em relação à Cidade Branca.

Em 1939, baseado no relato do bispo Pedraza, Theodore Morde empreendeu uma longa expedição - cinco meses - floresta adentro, patrocinada pelo American Indian Museum of the Heye Foundation, de Nova York. Morde retornou da expedição jurando haver encontrado as famosas ruínas de Cidade Branca, a qual chamou em seu relatório de A Cidade do Deus Macaco. Entre pirâmides, estátuas de aranhas, crocodilos e macacos, Morde afirmou existir altares suntuosos e colunatas contendo inscrições.

Theodore Morde publicou, na ocasião de seu retorno, um relatório sobre sua expedição, guardando zelosamente a localização exata das ruínas. Alegou estar, desta forma, protegendo as ruínas contra saqueadores. Sua idéia era, quando do final da época de chuvas, empreender outra expedição melhor equipada, para iniciar as excavações. Contudo, a sorte não estava ao seu lado. Pouco antes de finalizar os preparativos para nova investida na selva, foi atropelado por um automóvel nas proximidades do Instituto Britânico, que iria patrociná-lo. Algumas expedições foram realizadas pelo mesmo Instituto, baseado nas poucas informações que Morde deixou escapar, todas elas fracassadas.

O relatório de Theodore Morde foi publicado na época somente nas versões inglesa e espanhola. O leitor pode conferir, ao final deste artigo, a versão espanhola na íntegra, transcrita da original existente no Arquivo Nacional de Tegucigalpa. Vale mencionar a irritante dissimulação do texto, que passa a citar rituais e comparações com cultos existentes a Hanuman, o Deus Macaco indiano.

Em 1940, D.H. Williams, um engenheiro de New Orleans, afirmou ter visitado as ruínas de Cidade Branca por duas vezes. Na primeira - enquanto fazia trabalhos de prospecção de petróleo na região de Mosquitia –, teve de pousar seu pequeno avião numa emergência, próximo às ruínas. Na segunda, retornou propositadamente para filmar os edifícios que havia descoberto. Williams restringiu a exibição do filme, com medo que outros pudessem localizar e saquear o local. O fato não teve maiores consequências.

Em 1993, o Governo de Honduras recebeu um comunicado dos EUA, solicitando permissão para fotografias aéreas da região oriental do país. Hoje, muitos pensam que o serviço nada mais foi do que um artifício para localização de Cidade Branca. Acusações de ambos os lados, mas os resultados do serviço nunca foram apresentados, segundo os hondurenhos.

Em 1997, uma suposta foto da missão de 93 foi publicada no jornal The Sunday Times (19/10/97), com a localização de Cidade Branca. Após a publicação, outras fotos foram tiradas do mesmo local, sem o mesmo resultado: as supostas ruínas não apareciam nas novas imagens. Muitos pensaram se tratar de um erro de revelação.

Alguns arqueólogos acreditam que a lenda da Cidade Branca esteja relacionada com a história da cultura Tolteca. A migração tolteca, - “povo de construtores”, segundo o códice Nahuatl – parece haver começado na região onde hoje se localiza a Califórnia, no sul dos EUA. Foram conhecidos como “grandes homens de vestimenta branca”, que espalharam seu conhecimento pela América Central e se fundiram com o povo maia. A retirada tolteca para o reino de Tlapallan (ou Huehuetlapallan, “antigo lugar onde nasce a aurora”), é descrita nos códices maias como uma cidade grandiosa, e associada por muitos, à lendária Cidade Branca. Outros associam Tlapallan a Copán.

Segundo os códices, é em Tlapallan que Quetzalcoatl retorna às estrelas, lugar de sua origem mítica. Muitas estatuetas de Quetzalcoatl foram encontradas nas florestas de Mosquitia, o que aumenta a relação entre o que dizem os códices, Tlapallan e a lenda da Cidade Branca.

Recentemente, o governo hondurenho promoveu vários projetos arqueológicos na região de Mosquitia. Mais de 200 sítios arqueológicos foram localizados. Algumas dessas descobertas são bastante interessantes, como o achado de uma estrutura de aproximadamente 20 de altura por 180 metros de comprimento. Isso levou outros institutos a investirem dinheiro e esforços no estudo daquela região, como é o caso do Instituto Hondurenho de Antropologia. Mesmo assim, muitos pesquisadores – como o arqueólogo americano George Hasemann, do Instituto de Arqueologia de Honduras – acredita que a Cidade Branca não passe de um local mítico, como o El Dorado.

Para que o leitor tire suas próprias conclusões, oferecemos na íntegra, a versão em espanhol do relatório de Theodore Morde, publicado originalmente em 1939.


Los Misterios de la Mosquitia Hondureña
La Ciudad del Mono-Dios – 1939

Datos recopilados por el Br. Julio Rodriguez Ayestas
Director del Archivo Nacional de Honduras

Texto de Theodore Morde

Se llevaron a lãs muchachas a sus cuevas de lãs montañas.

Estoy convencido de que hemos encontrado el lugar en que estuvo en un tiempo la legendária ciudad perdida del Mono-Dios, la antigua capital de los extintos Chorotegas, cuya civilización es quizá más vieja que la de los mayas y los aztecas. Los relatos que se refieren a este pueblo índio han despertado tanto el interes de los exploradores que muchos de éstos se han internado en las intrincadas selvas hondureñas en atrevidas investigaciones.

Dimos con la ciudad después de Haber penetrado en el inexplorado território de la Mosquitia, donde la traicionera y tupida vegetación se extiende hasta las mismas márgenes de los rios y donde la temida malaria, las mortíferas serpientes, los insectos dañinos y lãs fieras acechan donde quiera a cualquiera que se aventure más allá de la estrecha faja de tierra llamada Costa de la Esperanza Perdida, que bordea las hermosas águas azules del Mar Caribe.

Durante cinco meses, la expedición del Museo del Índio Americano de la Fundación Heye de Nueva York, navego impulsándose con remo o pértigas por los inexplorados rios y arroyos que se precipitan en las altas cordilleras montañosas de Honduras. Navegando cientos de millas en piraguas y abriendo a filo de hacha y machetes senderos a través de la densa vegetación selvática llegamos, por fin, a las ruínas de la ciudad perdida del Mono-Dios.

En el lugar era ideal para una ciudad semejante. Las elevadas montañas formaban en fondo de la escena. Cerca de alli, una rápida catarata, hermosa como un vestido de refulgentes joyas, se precipitaba en el verde Valle de las ruínas. Las aves resplandecientes como gemas, revoloteaban de árbol en árbol y los monitos, asomaban sus hociquillos mirándonos con curiosidad desde el denso follaje que nos rodeaba.

No puedo precisar de lo que he hecho la ubicación de la Ciudad del Mono-Dios porque, como ya he dicho, son muchos los que la buscan, atraídos por los relatos que hablan de tesoros, y nosotros queremos encontrarla intacta en nuestro próximo viaje, que será muy pronto. En esa ocasión, esperamos descubrir el Gran Templo y desenmarañar, entre otras cosas, el mistério del parecido de este prehistórico Mono-Dios americano con el Mono-Dios Hanuman, adorado desde hace decenas de siglos en la Índia.

Las hazañas de Hanuman se cuentan em el Ramayana, uno de los textos sagrados hindúes. Su gran templo se encuentra en Benarés, donde sus sacerdotes cuidan y alimentan a los monos sagrados. Sobre Hanuman y su poder se habla algo en la inovidable obra de Rudyard y Kipling “La Marca de la Bestia”, la cual cuenta lo que sucedió al borracho Fleete cuando pego su tabaco encendido a la frente de la imagen en piedra roja de Hanuman y como, a una orden del sacerdote leproso, el beodo comió y lloró y corrió a gatas y despidió el mismo hedor de un leopardo hasta que se retiro la maldición.

Hanunan es peculiarmente venerado em la Índia porque figuro de manera principal en las grandes batallas del héroe Rama, que era la octava encarnación de Vichnú, el Creador, y su bella esposa Sita. La hazañas de fuera y valor de Hanuman merecerán, en este mismo artículo, toda nuestra atención. Una reproducción de una lámina religiosa hindu muestra esta Mono-Dios llevando a lugar seguro, protegidos en su pecho, que se habian desgarrado para este fin, a Rama y a Sita.

El Mono-Dios americano tênia sus sacerdotes y quizás también sus sacrifícios humanos. Las leyendas son bastantes explicitas en cuanto a esto. Pero sus monos ya no son adorados, a menos que la horripilante y misteriosa ceremonia llamada la Danza de los Monos Muertos, que describiré más tarde, sea un recuerdo tergiversado de aquella vieja forma de culto religioso.

De acuerdo con las leyes cuya posible verificación era el propósito de nuestra expedición, la muy buscada Ciudad Perdida de Mosquitia fue en un tiempo clave de una civilización cuyo pueblo habitaba toda la región. Los índios no habian hablado de vastas ruínas hoy cubiertas por la selva. En sus mentes superticiosas, era un sitio al que no debia irse; no obstante la cual, los índios más viejos describian algunas de sus características con detalles curiosamente explícitos, que decian haber conocido por los antepasados suyos que habían visto el lugar.

Esto era asi, especialmente en lo referente al Templo. Descubririamos, según nos dijeron, una larga via de acceso, escalonada, construída y pavimentada al estilo de las ruínas mayas que habian en el norte. Efígies de monos labradas en piedra orlarían esta entrada.

El centro de Templo lo formarian un alto estrado de piedra sobre el cual estaria la estatuas del Mono-Dios, frente a la estatua, se encontraria el sitio de los sacrifícios.

Inmensas balaustradas flanquarian la escalinata hasta el estrado. Una de las balaustradas comenzaria con la colosal imagen de una arama y la outra con la figura también gigantesca de un cocodrilo.

De lábios de algunos viejos índios payas, la moderna tribu que vive ahora cerca de la región que explorábamos, conocimos las leyendas sobre el Mono-Dios que ellos se habian transmitido de generación en generación insistian ellos en que, a pesar de los mil o más años que hace que la vieja ciudad abandonada, se conservaba bastante bien. En la memória de la tribu estaban bien fijas las principales características de sus maravillas.

La Ciudad Perdida estaba habitada hace mil años o más por una antiquisima y avanzada tribu llamada de los Chorotecas. No se sabe si ellos mismos construyeron la ciudad o la arrebataron a algún outro pueblo más antiguo, ocupándola desde entonces. Tampoco se sabe mucho acerca de los Chorotecas, a exepción de lo que dicen algunos arqueólogos de que eran contemporâneos de los antiguos mayas y dominaban lo que hoy es el território de Mosquitia en Honduras, que entonces no se componia de pântanos y selvas, como ahora, sino de fértiles tierras.


Habiles Constructores

Hay otros que creen que los Chorotecas existieron antes que los Mayas y que fueron, quizás los precursores de las culturas maya y azteca, que florecieron em los que es hoy México, Guatemala y el norte de Honduras.

Los Chorotecas eran muy hábiles en los trabajos de canteria, por lo que, para suerte de nosotros, erigian construcciones sólidas y perfectas. La Ciudad Del Mono-Dios estaba amurallada. Encotramos algunas de esas paredes en las cuales la magia verde de la selva habia causado algunos daños, pero que, no obstante, habian resistido la avalancha de la vegetación. Seguimos uno de esos muros hasta llegar a unos montículos que tienen toda la apariencia de Haber sido una vez grandes edifícios.

Hay, efectivamente, varias construcciones que todavia están cubiertas por sus milenarias mortaja de tierra.

Sabemos que la Ciudad Perdida era de grandes proporciones y que, en su apogeo, debió Haber tenido muchos miles de habitantes.

Fueron las lluvias lo que puso fin a nuestra labor allí. Pero cuando cesen regresaremos y emprenderemos la ingente tarea de quitar la selva de encima de la ciudad. La primera tarea será el descroce y las quema de vários cientos de acres del bosque. Solamente entonces podrán comenzar los verdaderos trabajos de excavación.

Y a juzgar por la magnitud de los trabajos necessários para limpiar las Ruínas de Copán, se necesitarán vários años para desenterrar la Ciudad Del Mono-Dios.

Pero qué descubrimiento se harán durante esos años!

La danza de los monos muertos

He hablado de la Danza de los Monos Muertos y de la posibilidad de que fura un culto religioso pervertido que se celebraba en la Ciudad Perdida mucho antes de que el Nuevo Mundo fuera descubierto por Colón. Pues a nosotros se nos permitió asistir a uma de estas fiestas enteramente macabras.

Cualquiera que haya visto la cremación de los muertos en las riberas del Ganges, en la Índia, no olvidará jamás los desagradables escalofrios que causa el espectáculo del movimiento muscular de los cadáveres bajo la acción del fuego. Algunas veces, el cadáver se sacude y se estremece como si tuviera vida todavia, y otras se sienta, erecto a levanta un brazo rígido o encoge una pierna. En definitiva, es un espectáculo asaz horripilante.

Y en los crematórios también los cadáveres se sientan algunas veces, o parecen tratar de escapar de sus ataúdes o hacen gestos que parecen suplicantes o amenazantes, cosas éstas que no seria conveniente que la viesen los deudos. Pero todo esto es causado por el intenso calor sobre los músculos y los tendones. El cadáver está muerto como siempre.

Pues la Danza de los Monos Muertos es algo por el estilo y los movimientos de los cadáveres de los monos se deben a la misma causa. Sin embargo, hay algo indescriptiblemente diabólico en esta ceremonia y es que, después que termina la danza, los asistentes al festin se comen los monos. Es esto, posiblemente, lo que constituye la perversión de los que probablemente era antes un rito religioso.

El nombre que los nativos dan al mono es urus, que traducido literalmente quiere decir “hijos de los hombres velludos”. Sus padres o antecessores son los ulaks, mitad hombre y mitad espíritu que Vivian en la tierra, caminaban erectos y tenian la apariencia de grandes y velludos hombres monos. Los índios del território de Mosquitia creen todavia hoy que estas criaturas habitan las altas tierras del interior y el sur de Honduras, porque la singular Danza de los Monos Muertos es su terror.

Una vez en que nos aproximábamos a esta supuesta región de los ulaks, nuestros remeros nativos comenzaron a cuchichear entre si. El mestizo hondureño que nos servia de intérprete nos dijo que los índios no seguiriam más adelante. Nos aproximamos a la región prohibida de los “hombres velludos”.

Por nada del mundo quisieron seguir adelante. En seis horas hicieron una balsa y partieron en ella, impulsados por la corriente, dejándonos solos para que explorásemos y afrontássemos los peligros de la tierra de los ulaks.

Durante vários dias nos abrimos camino a través Del território selvático, pero nunca encontramos ni vestígios de los legendários antropóides medio hombre.

El origen de la danza

De acuerdo con los índios más viejos, la Danza de los Monos Muertos se origino en el hecho siguiente:

Un dia, três de los hombres velludos que parecian grandes monos, entraron en una aldeã indígena y raptaron a três de las más hermosas jóvenes de aquel lugar, se llevaron a las muchachas a sus cuevas de las montañas, y las hicieron mujeres suyas. De aquellas uniones no se produjeron seres humanos o semi-humanos, sino los pequeños monos que los índios llaman urus. Y por eso es por lo que lês llama a estos monitos “hijos de los hombres velludos”.

Los índios actuales creen que la singular Danza de los Monos Muertos es un rito que se celebra en venganza del secuestro de las três virgenes. Efectivamente, sus gustos y sus gritos mientras comen los monos asados, indican más ensañamientos sobre el enemigo caído que un mero deleite gastronômico.

Pero algunos tecnólogos que han presenciado la danza no creen que este sea el verdadero origen. El canibalismo religioso se há practicado en todo el mundo y en todas épocas. Comiéndose el cuerpo del sacrifício, creian los selvajes consumir algo del espiritu que lo habia animado. La carne era secundaria, por lo qual, lo Aztecas sacaban el corazón de los sacrificados y arrojaban a este por las escalinatas de las pirâmides a los sacerdotes que los cortaban en pedazos y los distribuian entre los adoradores, a quienes servian de manjar.

Algunas veces, la unión con los dioses afectaba esta forma. En Méjico se elegia todos los años un joven fisicamente perfecto para que fuese el dios Texcotlipoca hasta el próximo. Se le adoraba como un dios cualquiera, se le daban las más hermosas doncellas, podia tener y hacer todo lo que quisiera, menos abandonar su posición, Texcotlipoca era el dios del sol; su nombre significa “Espejo Humeante”.

Después de un año de esta “vida regalada”, el joven era sacrificado y su cuerpo era consumido por los asistentes al sacrifício. Pero no se comia como alimento, asi como la carne sagrada de una deidad.

Los tecnólogos creen que este rito fue copiado a los Chorotegas y quizás un sacerdote determinado al igual que el azteca Tezcotlipoca, recibia su corte de beldades y hacia las veces del Mono-Dios. Al expirar su período, el sacerdote era sacrificado y devorado de la misma menera que lo era el joven que hacia de dios del Sol.

Se cree que la versión de los índios modernos es tergiversada y apócrifa.


La caza de los monos

De todos modos, cada vez que ocurre una de las periódicas migraciones de monos a traves de las selvas de Honduras, los guerreros de los índios sumus atan unas uñas endurecidas al fuego en sus largas flechas de bambu y salen a matar urus.

Cada hombre dispara a três monos. Deberá usar solamente três flechas. Si no vuelve con sus três monos, ello será motivo de acre censura por parte de los otros miembros de la tribu.

De esta parte, se supone que cada índio mate el equivalente de três hombres velludos como los que raptaron sus três virgenes antepasadas.

Mientras los hombres están ausentes, cazando su trio de símios, las mujeres de la tribu se preparan para la danza. Las mujeres más viejas, sobre todo aquellas que no tienen ya dientes, juegan un importante papel en este rito, pues su misión es hacer la “Misla”, que es una variedad muy fuerte de cerveza. Las viejas brujas hacen la misla masticando cazabe y hojas de un arbusto llamado snik. Después escupen el jugo de esta mezcla en enormes tinas en forma de canoas.

Pronto se fermenta este liquido, convirtiéndose en una bebida de alto contenido alcohólico. Durante la danza, los nonos de la tribu sirven misla a los hombres. Las pequenas doncellas se acercan a los hombres reclinados en sus hamacas y con solemne cortesia les entregan las jicaras con misla.

Cuando los hombres de la tribu regresan con sus monos (cada uno con tres) se encienden grandes hogueras formando un circulo. Las antochas de pinos y las hogueras iluminan una grotesca escena.


El horripilante rito


De su Watla – una cabana típica índia hecha con las hojas gigantescas de un arbusto Waja – sale el principal hechicero vestido para la ocasión. Se le llama el Dama Suk ya-Tara.

No lleva más que un taparabos, pero su cuerpo está profusamente rayado con yeso. Las franjas blancas resaltan a la luz de las hogueras. El collar-amuleto que cae sobre su pecho está confeccionado con pequeños cráneos de fetos de monos, dientes amarillos de los antepasados el hechicero, bolsas de veneno de las serpientes venenosas de la selva, largos dientes de cocodrilo y otros fetiches y símbolos ritualistas.

En los dedos de las manos lleva, a manera de dedales, dientes de cocodrilos gigantescos, que se abren y se cierran, como muelas de cancrejo, quando él gesticula. En la mano derecha lleva una larga flecha en la cual va empalado un grã mono-araña.

El toque de los tambores se eleva en un crescendo y se detiene subitamente cuando el Dama Suk-ya Tara alza los brazos y describe un circulo en ela ire. Todos los presentes ya médio borrachos por la misla hacen un silencio absoluto.

El Dama Suk-ya Tara se acerca a las hogueras a grandes pasos y a una señal una larga fila de cazadores sumus, adornados todos con sus plumas, preferidas de guacamayo, refulgente sus cuerpos por el aceite de coco, se aproximan también a las llamas.

A outro señal, los broncineos cazadores forman una gran circulo alrededor de los fuegos. Detrás de ellas se encuentran las mujeres y los hombres muy viejos ya para matar monos.

Palabras de encantamiento salen de lábios Del Dama Suk-ya Tara en una lengua desconocida para los índios. Para ellos, el hechicero habla a los espiritus. Comienza de nuevo el redoblar de los tambores y sus notas regulares e hipnóticas vuelven a llevarse.

Entonces, abruptamente, vuelven a silenciarse los tambores, tan al unísono, que de la impresión de ser un solo instrumento el que sonaba.


Asando a los Monos

El Dama Suk-ya Tara se inclina parsimoniosamente y coloca su flecha firmemente en el suelo cerca de la hoguera más grande de todas. Entonces, con abrupto gesto, se yergue y entierra profundamente en el suelo la vara en que está empalado el mono en grotesca posición.

Uno a uno, todos los índios van hacia el mismo sitio y entierran alli una de sus flechas con el mono más grande que hayan cazado. Pronto todas las hogueras quedan rodeadas de monos empalados en las flechas, todas de frente a las llamas.

Los hombres se retiran y, presa de ansiedad, se sientan todos en circulo. En seguida comienza la grotesca danza de los monos muertos. Aquel se retuerce una mano en macabro gesto. Aquel outro mueve un hombro y más allá outro acha atrás la cabeza con gesto violento. Outro levanta una pierna como impulsado por un resorte, o tuerce el cuerpo como si estuviera en un asador.

Estos fantasmagóricos efectos producidos a la vez en cuarenta o cincuenta cadáveres de monos, a la luz de unas cuantas hogueras en plena noche selvática, nos darán una Idea aproximada de los que es la Danza de los Monos Muertos.

El festin

Cuando ya ningún cadáver se mueve más, termina la danza y están completamente asados los monos. Cada sumu toma su flecha y sosteniéndola en alto, se aproxima al Dama Suk-ya Tara. Uno a uno se sitúan frente al hechicero, que está sentado con un largo tallo hueco de bambu en sus manos. Cada vez que se coloca un mono delante de él, el hechicero introduce el tubo de bambu por un ojo del animal y lê chupa el liquido cerebral, esta operación, que los índios llaman beberles los pensamientos a los monos, puede hacerla solamente el Dama Suk-ya Tara.

Después de que cada guerrero há colocado sus três monos ante el hechicero, toda la tribu come de los animales.

Aunque las actuales tribus de Honduras – Los Mosquitos, Los Payas y los Sumus – no han conocido nunca el lenguaje escrito que pudiera haberles servido para perpetuar las hazañas de sus héroes ancestrales, como la poesia hindu del Ramayana, relata las hazañas de Hanuman, si tienen leyendas que son muy veneradas.


Una leyenda

Una de las mejores es la historia de “El Ave Sagrada de los Chorotecas”. He aqui la leyenda tal como la cuenta “El Viejo Pio”, el más viejo de los índios payas que viven actualmente.

Hace muchos años el gran dios Wampai de los Paya tenia la figura de un gran paya blanco superior. El era el mejor nadador, el mejor corredor y el mejor guerrero de toda la tierra.

Wampai vivia en las montañas y tênia su refulgente palácio blanco cerca de los verdes picos. Altos muros blancos rodeaban el palácio y columnas como la leche, suportaban el techo. Un dia, Wampai salió en busca de una esposa digna de su casa.

En su búsqueda tropezó con una encantadora doncella rubia, llamada Oru, que le sedujo con su belleza, por lo cual él la requirió de amores. Se casaron, y asi fue como oru se convirtió en la orgullosa reina de todos los Payas.

Tan hermosa era oru que todos los Payas hablaban de su porte elegante, de su cuerpo juncal y de su dorada piel que brillaba como el maiz hecho o el plátano maduro.

Hasta el Espíritu Maligno de los Payas, que Wampai habia encerrado en las profundidades de la tierra, en el “Lugar Oscuro”, se antero de la belleza de Oru y la deseó.

Tan feliz se sentia el dios Wampai con su magnífico palácio y su joven esposa que, lleno de benevolência, permitió que el espíritu Maligno, que era un mentiroso viviera en su própria casa. Entre los Payas es costumbre aun actualmente, que todo hombre a quien un amigo lê confia su esposa se convierte automaticamente en Hermano de sangre de este.

Pese a que el dios Wampai sabia que el espíritu maligno era un mentiroso y completamente indigno de confianza confio en él. La leyenda dice que el espíritu maligno era un hombre apuesto y de haberlo sido, pues la reina Oru compartió con él su lecho a espaldas de su marido.


El castigo de Wampai

Para facilitar el adultério, el Espíritu Maligno puso en prática un astuto ardid, haciendo que el dios Wampai saliera de caceria. Echó a rodar el rumor de que un raro antílope blanco como la nieve, andaba por aquellos contornos. Wampai, el gran cazador, debia salir en busca de tan preciada presa, pero el dios Wampai, al llegar al rio que cruzaba cerca de su palácio, encontro que el habian robado su gran piragua y regresó a su casa, encontrando a su esposa Oru en brazos del Espíritu Maligno.

Cuando el Dios Wampai sorprendió a su mujer infraganti, su ira fue terrible. Su cólera retumbo de montana en montana, como el trueno, asustando a todos los habitantes del reino. Después de una terrible lucha, el dios Wampai logro arrojar de nuevo al Espíritu Maligno al “Lugar Obscuro”, advirténdole que jamás volviera a asomar el rostro a la superfície de la tierra.

El dios Wampai penso primero matar su esposa, como lo decretaba la costumbre, pero ella era tan hermosa que no se halló con valor para hacerlo. Asi pues, resolvió convetirla en el ave Margarita, prohibiéndole que abandonara las montañas y el nacimiento de los rios. Todos los años, al comenzar la estación de las lluvias, los truenos renuevan las advertências del dios Wampi a su esposa y a su rival.

Nuestra espedición capturo dos de esos pájaros Margarita, lo cual causo consternación entre los nativos, ya que esas aves son sagradas para ellos. Estos pájaros son bellos cuando, al extender sus alas al estilo de los pavos reales, el sol se refleja en ellas y produce tonos de oro, bronce y negro, que cor trastan con el plumaje del cuerpo, un gris moteado.


Otra vez Hanuman

Volvamos ahora a Hanuman el Mono-Dios de la Índia.

En nuestros viajes por entre las tribus payas y sumus modernas que pueblan el território de Mosquitia en Honduras, hemos encontrado frecuentemente índios cuyas facciones.... Sus ojos son algo oblicuos y tienen los pômulos salientes, como los chinos y los indúes.

Es verdaderamente significativo que en un pueblo indígena americano, con estos rasgos orientales en sus rostros, el mono tenga todavia una importância tan grande en sus ritos religiosos, pruebla evidente de que sus antecesores choroteganos probablemente adoraban animales.

Hanuman era en el Oriente un espécie de Paul Bunyan, por sus asombrosas hazañas de fuerza y arrojo. Pero Hanuman recebió significación religiosa por ser hijo de una ninfa y de Vayu, el dios de los vientos.

La vida del mono-dios se relata en las páginas de uno de los grandes libros sagrados de la Índia, el Ramayana, que habla de las hazañas y las aventuras del poderoso príncipe Rama. Como aliado de Rama contra las fuerzas del mal, Hanuman, y sus hordas de monos libraron innumerables batallas.

Hanuman recibió una vez el encargo de buscar en las distintas montañas del Himalaya unas yerbas determinadas con qué curar las heridas que los guerreros habian recibido en la batalla librada para rescatar de los demônios malignos a la amada esposa de Rama, Sita, al reino de las estrellas.

Adoptando um tamaño gigantesco, Hanuman anduvo de montaña en montaña hasta que llegó a aquélla en cuyas faldas crecia la yerba medicinal que él buscaba. Pero Hanuman registro en vano las faldas de las montañas en busca de las yerbas. Dándose cuenta de la urgência con que se necesitabnan las yerbas, arranco de cuajo la montaña y sosteniéndola en un amano, la llevó amédico que curaba los heridos, quien rapidamente encontro las yerbas y compuso con ellas la pócima con que salvo a sus pacientes.

Al mono dios Hanuman se le acredita también el haber creado la serie de islãs que se encuentran entre Ceilán y el continente y que son conocidas con el nombre de Puente de Rama.

El demônio Ravana habia raptado a Sita, la reina de las estrellas, cuyo amante el príncipe Rama, estaba tratando de rescatarla. Pero Sita estaba confinada en la islã de Ceilán, que está a sesenta millas del território continental. Para Hanuman, estas sesenta millas eran nada más que una buena zancada, por lo cual fue a la islã en cuestión a fin de cerciorarse de que allí tenian a Sita. Asi lo comprobó y se informo a Rama, que esperaba en tierra firme.

Rama reunió un ejercito para atacar la isla, pero afronto un problema similar al que se le presentó a Hitler cuando pretendió atacar a Inglaterra desde el continente europeo.

Con tal motivo, el primer paso de Rama fue realizar sacrifícios al Dios del Oceano, para que las águas se retiraran y permitieran que su ejército marchara hasta la islã sin mojarse.

Pero el Dios del Oceano, surgiendo de las profundidades de las águas, acompañado de algunas relucientes serpientes amarillas, se dirigió a Rama con gran respeto y pena para decirle que no podria permitir el paso de su ejército porque el oceano, de acuerdo com antiquisimas leyes, no era vadeable.

No obstante, recomendo a Rama que construyera un puente para poder llegar a la isla. Rama consultó al caso con Hanuman y Nala, hijo de Wishwakarma, el divino artesano. Pusiéronse todos a trabajar con una gran cantidad de hombres y em cinco dias estuvo completa la cadena de islãs que unen a Ceilán con el continente a través del estrecho de sesenta millas.

El ejército atacante de Rama, conpuesto de grandes monos y osos, salto de isla en isla y pronto llegó sin encontrar oposición a la capital del perverso Rakshasa, el rey de quien Sita era prisionera.

Rama se encaramó en los hombros de Hanuman y con un solo paso de este estuvieron en la islã uniéndose al ejército de aquél.

El ejército del rey Rakshasa contra atacó montando en elefantes, leones, camellos, cerdos, hienas y lobos. Llevaban armas mágicas, asi como flechas, mazas, lanzas, tridentes, espadas y vigas.

El ejército de monos de Hanuman arrancaba árboles para servirse de ellos como armas y además arrojaba grandes penas para sobre el enemigo. Algunos de los componentes del ejército atacante empleaban sus largas uñas como espadas y sus enormes dientes como flechas. Rios de sangre, dice la leyenda, corrieron, pero Rama no se atemorizo. Depositó su fé en los valerosos monos, pues sabia que todos eran reencarnación de los dioses.

De la misma manera que la antiquisima Danza de los Monos Muertos, prevalece aún entre los modernos índios de la región de Mosquitia, en Honduras, muchas de sus otras costumbres actuales se deriban de sus antepassados.

Una costumbre curiosa

Entre los índios mosquitos es costumbre actualmente que si un hombre sorprende a su esposa entregada a outro, la perdone, pero que exija a su rival, como castigo, que le entregue una buena vaca.

Si un hombre, al regresar de um viaje, sospecha de su esposa, la golpea hasta que esta confiesa. Entonces él no le presta más atención, y manda a decir al amante que espera recibir el pago de su multa en cierta fecha. El culpable jamás deja de cumplir lo que se le ordena, pues, de lo contrario, el marido burlado puede acharle veneno a su alimento o a su água.

A la sazón de nuestra visita a Honduras, las autoridades de una tribu afrontaron un delicado problema. Un marido burlado, que habia reclamado la vaca que le correspondia por tal perjuicio hacia diez años, volvió a reclamar.

Por médio de sus amigos, el marido se habia enterado de que la vaca reclamada habia tenido muchos terneros en el curso de aquellos diez años, por lo cual reclamaba ahora no solo la vaca sino también su prole. El problema próprio para la sabiduria de Salomón estaba aún por resolverse cuando nosotros nos marchamos.

Huega decir que apenas podemos esperar a que pasen los meses que aun faltan para que volvamos a entrar en la ciudad del Mono-Dios y comencemos a desenterrar la riqueza arqueológica de outra clase que pueda existir alli.

(Boletin Mensual de Información Del Ministério de Relaciones Exteriores Num. 11 y 12 – 1950, Tegucigalpa, D.C.)


“Dalton Delfini Maziero é historiador, maquetista, expedicionário e idealizador do site Arqueologiamericana. Dedica-se atualmente, à construção de maquetes arqueológicas e instalação de espaços culturais”