El Dorado Em busca dos antigos mistérios Amazônicos |
Texto de Dalton Delfini Maziero Em entrevista exclusiva, o pesquisador e artista Roland Stevenson nos revela fatos surpreendentes sobre o mito do El Dorado. A descoberta de uma estrada inca em plena floresta brasileira, o saque sistemático de estrangeiros ao nosso patrimônio cultural e a comprovação da existência do lendário lago Parime, são apenas algumas das polêmicas desta matéria. Seria o ouro inca, proveniente do Brasil? Seria o El Dorado, mais do que uma lenda? |
1) Sua nacionalidade é chilena. O que o motivou
a mudar-se para o Brasil, em especial o Amazônas? Desde pequeno, aos 10 anos de idade, tive a sorte de ser influenciado por colegas de bairro que praticavam excursionismo, e a poucos quilômetros de nossa casa em Santiago, eleva-se a Cordilheira dos Andes. Não obstante, no Chile faz muito frio, e não faltou ocasião em que perdido na neve das montanhas, sonhei com um clima tropical. |
2) Como foi seu primeiro contato com o mito
do El Dorado? Foi um impacto incrível quando me deparei com os índios yanomani em 1979, observando que alguns deles possuíam rostos semelhantes aos quêchuas do Peru. Então me assaltou a idéia de que talvez a lenda do El Dorado tivesse fundamento histórico, e os yanomani alguma relação apesar dos 1400 km de distância do Império Inca. |
3) Você alega que o lendário
Lago Parime, que margeava o El Dorado e aparece nos mapas dos séculos
XVI e XVII, existiu realmente. Essa tese já foi aceita pelos geólogos? Sim, está absolutamente comprovado. Três geólogos brasileiros não tem a menor dúvida da sedimentação lacustre do solo do lavrado (planície). A área esteve submersa desde que a ruptura Graben do Tacutú se comunicava com o Atlântico, tendo começado a se extinguir |
por volta de uns 700 anos atrás, provocado por um processo chamado epirogénese positivo, de elevação constante da superfície. Os nomes desses geólogos são Gert Woeltje do DNPM (Departamento Nacional de Pesquisas Minerais) do AM; Frederico Guimarães Cruz da SEMACT (Secretaria Especial do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia) de Presidente Figueiredo, AM; e Salomão Cruz, hoje Deputado Federal em Brasília, DF. |
4) Parece existir uma confusão
histórica entre o lago Parime e o Guatavita, na Colômbia. Você
poderia esclarecer isso? Sim, existe uma grande confusão, e a culpa disso é dos historiadores do Brasil, que não se interessam em renovar seus dados, mantendo informações dos séculos passados, quando havia poucos conhecimentos técnicos e geográficos. O primeiro explorador a mencionar um lago como referência ao El Dorado, foi Gonzalo Pizarro, que empreendeu em 1541 a famosa expedição a sua procura, disfarçado pelo interesse da especiaria da canela. Do contrário não haveria colaboração dos indígenas. Nenhum dos outros aventureiros como Quesada, Benalcazar ou Federman, falaram do lago na época. Contudo, entre 1538/39 solidificou-se na Colômbia a existência de um grande caminho que penetrava na imensidão da floresta amazônica, direcionada para o leste dos Andes, o qual situava-se a 600 km de Bogotá, exatamente no limite entre Equador e Colômbia. É possível que a informação do lago foi arrancada sob tortura ao coletor de ouro do norte (Equador), de nome Rumunháui, quem confessaria que a 70 dias de viagem por aquele caminho...e devemos lembrar que os incas andavam 20 km por dia..., isto é 1400 km até as serras do Pico da Neblina no Brasil, onde achariam o início das fontes auríferas dessa civilização, embora o ponto principal estaria junto ao grande lago de Roraima. Oficialmente, foi divulgado que Ruminháui morrera sem confessar a localização, fato compreensivo pelo excesso de concorrentes sedentos de ouro. Gonzalo Pizarro fracassou no intento de alcançar as fontes auríferas, mas conseguiu avançar 900 km, chegando até a Bacia de Uaupés no Brasil, segundo contam as lendas indígenas. Da mesma forma, seu patrício Francisco de Orellana (1542) tentava descobri-la por via fluvial. Passaram-se 28 anos de silêncio e desânimo ante tanta dificuldade, até que em 1570 surgiram novas informações de sua localização, desta vez provenientes de índios aruak, que orientavam o governador de Marguerita, no Caribe. Diziam que depois das nascentes do rio Orenoco, no outro lado das serras (Pacaraima) existia um enorme lago rodeado de montanhas riquíssimas em ouro e pedras preciosas. Iniciava-se assim, uma nova corrida em busca desse sítio fabuloso, que pelas novas indicações situava-se no Brasil. Para infortúnio dos exploradores, o referido lago jamais foi visto, embora agora sabemos que apesar de passarem até por cima dele, nunca o detectaram, achando somente as planícies secas do seu leito, hoje transformado em campos de pastagens. O primeiro a confundir essa história foi Alexandre Von Humboldt em 1800, que após longa expedição pelo rio Orenoco na Venezuela, foi impedido de entrar no Brasil, e num desabafo pelo bloqueio, escreveu que o lago citado por Hariot e Hondius eram apenas uma ilusão. Depois, na Colômbia, decidiu que o pequeno lago Guatavita, devido a lenda do "Homem Dourado" que se banhava coberto em pó de ouro, seria o pivô da história. Sem saber que a região carece completamente de potencial aurífero, comparado a Roraima que está entre as maiores do mundo. |
5) Além do lago Parime, você encontrou indícios
de um antigo caminho pré-colombiano na região do Amazônas.
Como foi essa descoberta? Em 1977 comecei as pesquisas no Alto Rio Negro, onde fomos em busca das fortificações de pedras a que alguns escritores se referiam, a exemplo de Barbosa Rodrigues. Conseguimos localizá-las através de guias indígenas. Tratava-se de restos de muros de pedras que os nativos brasileiros não costumam utilizar, tornando-se para nós um grande mistério, pois seus vestígios achavam-se invariavelmente a cada 20 km, situados paralelamente à linha equatorial, cerca de uns 60 km. O enigma começou a se desvendar quando achamos próximo de uma delas o petroglifo de uma lhama, animal de carga dos povos andinos. Ao estudar as características deste camelídeo, reparamos que ele caminha somente 20 km por dia, negando-se a continuar além disso. Então, as fortificações eram pousadas de descanso dos viajantes, dispostas em função do rendimento das lhamas. Tratava-se evidentemente de um caminho extinto, apagado pela floresta, exceto os Tambos como chamam as pousadas no Peru. Em contato com diversas tribos da Bacia do Uaupés, ouvimos as lendas a respeito deste caminho, contada pelos velhos de boca em boca através das gerações. Curiosamente todos os grupos indígenas coincidiam com a mesma narrativa, especialmente entre os Dessana, Pirá-tapuya e Tukano, chamando-a de Nhamíni-wi. Explicavam ser um grande caminho que alcançava as montanhas dos Andes, ou a "casa da noite", onde obscurece o sol. Por ele transitavam numerosos "soldados", carregando pesadíssimas caixas contendo "insetos de ouro". Tais caixas não podiam ser abertas porque eram oferendas para que o sol não apagasse. Mas os índios desobedeceram abrindo-as, e o sol se apagou durante vários dias. Toda essa história parece-nos a lembrança do último capítulo da existência do caminho, quando os espanhóis invadiram o Peru, exigindo o resgate de Atahualpa, representante do Sol. O carregamento de ouro transportado por Ruminháui não chegou ao destino justamente pelo assassinato de Atahualpa. Os insetos de ouro referidos na lenda, seriam simplesmente peças confeccionadas pelos ourives da época, que copiavam a natureza, como borboletas, besouros, aranhas, pássaros, macaquinhos, etc. O destino do grande caminho para o ocidente nos Andes, já estava resolvido, mas qual era sua origem? De onde vinha procedente do leste? Os tukanos explicavam que ele iniciava-se no "lago branco", ou "lago de leite", axpekõ-dixtara, na língua deles. |
6) Foi localizada
alguma peça pré-colombiana que ajude a comprovar suas teses? Creio que as principais peças encontradas que reforçam essa tese, são quatro armas incaicas, achadas em áreas de garimpo de Roraima, consistindo em pedras de 8 pontas e uma de 6, com um buraco no centro para colocar um cabo, afim de quebrar a cabeça do inimigo. Trata-se da borduna mais usual da civilização inca. Este achado muda a história da América, pois até agora foi um mistério a origem do ouro saqueado pelos espanhóis em 1532, no Peru. Apoderaram-se de 6 toneladas de peças auríferas só em Cajamarca e mais do dobro em Cusco. Na época não existiam minas significativas que justificassem tanto ouro no Peru. Inclusive esse foi um dos motivos que fez surgir a lenda do El Dorado. |
7) Seria correto
afirmar que o El Dorado foi um cemitério pré-colombiano, ou
estaria mais para um depósito de ouro? O El Dorado não era o cemitério, mas os arredores da ilha Maracá, que foi habitada por milhares de indígenas. A especulação de casas de ouro e muros de cristal ficou por conta dos expedicionários que precisavam de verbas para continuarem suas buscas. Contudo, os espanhóis e ingleses tinham fé, porque os indígenas da Guiana usavam adornos auríferos. A escolha da ilha como cemitério, é porque os indígenas tem a superstição de que os espíritos dos mortos não atravessavam a água, especialmente se os rios possuem cachoeiras e corredeiras que fazem barulho, sendo esse o conceito geral dos nativos da região. |
8) Quais as fontes históricas que o levaram a
desenvolver sua tese? 9) Como tem sido a recepção da população
de Manaus e dos meios de comunicação de sua cidade em relação
a pesquisa do El Dorado? |
10) E como tem sido a recepção
do meio científico e acadêmico às suas descobertas? Quando o arqueólogo Gregory Deyermenjian fez as publicações nos EUA sobre a descoberta do lago, tivemos a tremenda surpresa de que existia uma campanha internacional contra nossas pesquisas, pois esses jornais foram ameaçados e intimados a não apoiar nosso trabalho pela Royal Geographic Society, da Inglaterra...inclusive temos o fax enviado pelo diretor Mr. John Hemming..., sob pena de não mais lhes colaborar com matérias, além de desprestigiá-los. Falava barbaridades caluniosas a meu respeito. Deste modo, compreendemos a reação contraditória dos jornais brasileiros, que negavam-se a divulgar a descoberta. |
O caso remonta a 1987, quando anunciei a possível descoberta do Manoa, indicando que provavelmente o lendário El Dorado se localizaria a ocidente do lago, conforme os mapas de Hondius e Hariot, onde hoje se encontra a ilha Maracá. Um mês depois de meu anúncio, a ilha Maracá foi interditada para pesquisas do "meio ambiente" pela Royal Geographic Society, em convênio com o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia). O curioso era que somente os ingleses podiam entrar na ilha. Aos brasileiros era permitido pesquisar somente no lavrado, a partir da ponta da ilha. Existiam sim, "fiscais" brasileiros...era ridículo o controle com tantos britânicos...mais de 200...e umas poucas canoas para todos, além de que, para chegar ao centro da ilha, precisa-se uma expedição de 5 dias com acesso somente por navegação dos dois braços do rio Uraricuera. |
Depois de investigar o movimento da ilha e escutar o próprio
vigia que fazia o policiamento fluvial de Maracá, conhecido como
"Amazônas". Seu nome é Walquimar Felix de Souza,
que relatou que os ingleses tiravam toneladas e mais toneladas de material
hermeticamente embalado, enviado de avião para a Guiana inglesa e
daí para Inglaterra. Existem testemunhas também dos numerosos
caixotes que sempre aguardavam embarque no aeroporto de Boa Vista...inclusive
quando houve intenções de inspecioná-las, até
o Itamaratí se opôs ao exame. Indagando ao vigia da ilha sobre o conteúdo das caixas, ele expressou desconhecê-lo, porém calculava que seria ouro pelo excessivo peso delas, pois precisavam numerosas pessoas para carregá-las e tendo muito cuidado no transporte porque eram coisas delicadas. O INPA alegou depois que se tratava de terra para análise na Inglaterra. Mas tantas toneladas durante um ano? E ainda delicada? Aliás, o resultado dessas análises nunca retornou ao Brasil, como também nenhum estudo considerável e útil, exceto alguns folders insignificantes que justificassem os Cz$ 14 milhões (dinheiro de março de 1987) gastos no projeto só pelo Governo Federal, segundo explicava o diretor do INPA, cientista Herbert Schubartem, em 1988. |
O INPA também esclareceu
que as cargas seriam animais empalhados. Mas tantas toneladas assim? Então
se trataria da maior matança do século, fugindo a norma da
preservação. Igualmente continham herbários dissecados
e insetos, mas nunca vi insetos e folhas tão pesados! Ante tanta ingenuidade, decidi denunciar os ingleses nos jornais, especialmente pelo fato de que seu diretor John Hemming não era um naturalista e sim um historiador. |
Ele escreveu um livro, "Em busca do El Dorado",
onde na página 203 descreve nitidamente que numa ilha do lago eram
enterrados os defuntos com todos seus pertences auríferos. No ato
que fiz a denúncia, revelando tudo nos jornais, os 200 ingleses desapareceram
do mapa, abandonando o Brasil, talvez pensando que as autoridades tomariam
alguma providência, mas não aconteceu absolutamente nada. E
nem eu fui processado por calúnia, conforme se chegou a divulgar.
Foi fácil livrar-se de um louco visionário... Futuramente, daqui a algumas gerações, quando os museus da Inglaterra mostrarem o que foi levado da ilha, constará que John Hemming foi o descobridor material dos objetos, mas não o espiritual, porque cientificamente eu fui o primeiro a anunciar a descoberta, e se alguém registrar estes acontecimentos, os ingleses ficarão como estratégicos huaqueros (ladrões de túmulos), o que aliás, já eram antes disso, como aconteceu no Egito, Gibraltar, Canadá, Peru... |
11) Então, toda a imprensa estrangeira foi contra suas descobertas?
Não houve reação favorável? 12) Você poderia citar alguns dos profissionais, nacionais e
estrangeiros, que já trabalharam na sua equipe? 13) Além de sua equipe, existe alguma outra interessada na
região, seja ela nacional 14) Quais as principais dificuldades que tem encontrado
para a realização de suas expedições? |
15) Isso vem de encontro a
minha próxima pergunta. Você é um excelente pintor,
então suas obras ajudam de certa forma seu trabalho de pesquisa... Sim! A arte tem me ajudado enormemente nas pesquisas. Sem ela jamais teria feito essas descobertas. Tudo começou com os yanomami, quando desenhava centenas de rostos, reparando que os antropólogos estavam errados ao defini-los como uma raça única, geneticamente "pura", em circunstâncias que possuem quatro tipos humanos diferentes e integrados em épocas distintas, se estudarmos os protótipos que colonizaram a América. A verdade é que a análise anatômica das feições indígenas é um campo inexplorado pela antropologia, pois a classificação dos grupos tribais no Brasil baseia-se na glotologia (língua). Porém os silvícolas são nômades e adotam as línguas alheias da região onde se mudam, alguns até várias vezes como aconteceu com os baníwas do rio Içana. Outro método de distinção é a cultura, material ou espiritual, mas estas, do mesmo modo que a língua, podem ser adotadas, impostas ou perdidas. A terceira fórmula é a mais perfeita, que consiste nos teste de DNA, porém nada é infalível, pois para ser satisfatória é necessário testar em laboratório milhares de indivíduos e ainda podem orientar errado se trata-se de migrações onde não nasceram. |
16) Em 1994, você publicou o livro
"Uma Luz nos Mistérios Amazônicos", atualmente esgotado.
Fale-nos mais sobre esse trabalho. O livro foi o prêmio de publicação no concurso de História da SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus), ganho em 1988. Porém, pensando na posteridade, é bom que se conheça a verdade, pois a comissão julgadora me deu o segundo lugar inicialmente, porque a obra fugia da temática histórica, incluindo geologia e antropologia. Mas pergunto, como ia explicar a existência do lago sem os dados geológicos? Ou como ia esclarecer a origem dos nativos amazônicos sem informações étnicas? O leitor precisa saber que todos os aventureiros, pesquisadores, cronistas, etc, que escreveram sobre o Amazônas, basearam-se numa rápida expedição de dias, semanas ou meses, falando muito e estudando pouco. Assim, nossas investigações com mais de 20 anos, devem estar bem perto da verdade. |
17) Em 1997, você fundou o "Parime Expedition
- Centro de Pesquisas Etno-históricas". Quais os objetivos dessa instituição? A "Parime Expedition" ficou parada quando percebi que a instituição viraria um órgão turístico, que não é a modalidade que me interessa. Para essa finalidade, um dos norte-americanos que me acompanhou na última expedição, Mark DeMaraville, que trabalha com turismo, começará a trazer na próxima temporada, pacotes turísticos para grupos que desejem conhecer onde ficava o lendário lago do El Dorado. Assim, os norte-americanos ficarão conhecendo a realidade histórica antes que os brasileiros, lamentavelmente. O mesmo acontecerá com a segunda edição do meu livro, pois recentemente tenho visitado numerosas empresas e todas se manifestaram impossibilitadas de patrocinar uma nova impressão, exceto se fosse sobre o "Boi Bumbá", que aliás já fizeram na minha frente duas grandes obras. Não nego a beleza das festas, mas não houve um critério que preservasse a cultura original indígena. O norte-americano DeMaraville...que também é bibliotecário de Massachusett... opinou que nosso livro "Uma Luz nos Mistérios Amazônicos" é a melhor obra já feita no mundo sobre o El Dorado. Respeito muito sua opinião como bibliotecário, mas só posso lamentar que não vai ser impresso no Brasil. |
18) Uma última pergunta.
Você foi um dos precursores no Brasil, da técnica de investigação
conhecida como 'morfologia somática". Do que consiste essa técnica? Pratico desenho da figura humana desde que tinha 4 anos de idade, portanto fazem 63 anos, e comecei profissionalmente quando tinha 12, em 1947, fazendo rostos publicitários para a Fonck Propaganda no Chile. O que desejo transmitir é que uma vida inteira retratando feições, me possibilitam enxergar coisas que uma mente comum é incapaz de ver. Por exemplo, numa caveira, detecto toda a anatomia superficial. Do mesmo modo, o rosto de um indígena me conta todo seu passado, as miscigenações, os climas onde morou, as migrações, etc. Se isso for aliado ao estudo dos povos que habitaram o planeta, resulta fácil entender suas ligações. Quando há mais de 20 anos comecei minhas pesquisas antropológicas, detectei logo que os primeiros colonizadores da América eram negros, assunto que foi tomado como um disparate. Recentemente, os arqueólogos de São Paulo admitem agora como se fosse descoberto por eles. Minha tese dos paleoíndios serem negróides foi apresentada publicamente no concurso de História da SUFRAMA em 1988. Muitas pessoas me perguntam porque não tiro um diploma como antropólogo, mas a minha formação vai além disso, não posso recuar numa qualificação superada. Não existe diploma para 60 anos de prática. |
“Dalton Delfini Maziero é historiador, maquetista, expedicionário e idealizador do site Arqueologiamericana. Dedica-se atualmente, à construção de maquetes arqueológicas e instalação de espaços culturais” |